Dia da Poesia

Fanatismo

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver, 
Pois que tu és já toda a minha vida !
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça 
Duma boca divina fala em mim !
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
 “Ah ! Podem voar mundos, morrer astros, 
Que tu és como Deus : Princípio e Fim ! ..."

Florbela Espanca

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Sobre este blog

Este espaço é destinado aos alunos do curso de Pedagogia do Unieuro (unidade Asa Norte), ingressantes no 1º semestre de 2010.

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